Saiba como e onde fazer doação para vítimas das enchentes no litoral paulista

A Cruz Vermelha São Paulo iniciou hoje uma campanha para a arrecadação de doações para as vítimas das chuvas que atingiram o litoral paulista na madrugada desta segunda-feira (20/01).

As fortes chuvas que caíram neste fim de semana provocaram alagamentos, estragos e deixaram ao menos 36 vítimas fatais e 40 desaparecidos no litoral norte de São Paulo, segundo o Corpo de Bombeiros. De acordo com o governo do estado, 228 pessoas estão desalojadas e 338 permanecem desabrigadas.

São duas formas de participar da campanha:

  1. Doações em dinheiro via PIX (soschuvas@cruzvermelhasp.org.br);
  2. Doação de itens como água, alimentos não perecíveis, roupas e colchões na sede diretamente na sede da entidade (Av. Moreira Guimarães, 699)

As doações de itens na sede da CVSP podem ser realizadas 24h.

Doações pelo Fundo Social SP

O Fundo Social de São Paulo ampliou as possibilidades de doação às vítimas da tragédia no Litoral Norte. Agora, além de donativos como alimentos não perecíveis, água mineral e roupas limpas e em bom estado para uso, os interessados também podem fazer depósitos, transferência ou PIX para auxiliar as famílias desalojadas ou desabrigadas, por meio de duas contas do Fussp.

Ambas fazem parte das ações anuais Alimento Solidário e Campanha do Agasalho e serão utilizadas excepcionalmente para ajudar os moradores das cidades atingidas. Com o valor arrecadado, o Fundo Social fará a compra de cestas básicas e cobertores para o atendimento às vítimas. Todos os produtos serão encaminhados à Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, que será responsável pela distribuição às famílias.

Para doar cestas básicas:

Conta Bancária
Banco do Brasil
Agência nº 1897-X
Conta corrente nº 19.490-5
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98
Chave Pix:
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98

Para doar cobertores:

Conta Bancária
Banco do Brasil
Agência nº 1897-X
Conta corrente nº 19.771-8
CNPJ/MF nº 44.111.698-0001/98
Chave Pix:
doacoesfussp@sp.gov.br

As doações também podem ser feitas pessoalmente no depósito, localizado na avenida Marechal Mário Guedes, 301, no Jaguaré, zona oeste da capital paulista, entre 8h e 17h.

Calamidade Pública

Com 36 mortes confirmadas até o momento, as chuvas que atingiram municípios do Litoral Norte é uma das maiores tragédias da história de São Paulo. Foi também o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, com 682 milímetros e um rastro incalculável de destruição. Ainda há 40 pessoas desaparecidas, com mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados.

O acumulado de chuva nas cidades do Litoral Norte paulista passa a ser o maior registrado no Brasil. Em 2022, Petrópolis (Rio de Janeiro) teve o acumulado de 530 milímetros de chuva em 24 horas. Antes, o maior índice havia sido registrado em Florianópolis (Santa Catarina), em 1991, com acumulado de 400 mm em apenas um dia.

São Sebastião foi um dos municípios mais afetados neste feriado prolongado de carnaval, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. O número de mortos já supera a tragédia de Franco da Rocha, em 2022, com o deslizamento que matou 18 pessoas. O acumulado de chuva nessa oportunidade foi de 70 milímetros em 24 horas.

Na história de São Paulo, a maior tragédia ocorreu em 18 de março de 1967 no município de Caraguatatuba, quando as fortes chuvas causaram o desmoronamento de encostas e centenas de casas foram soterradas. Segundo a contagem feita na época, 487 pessoas morreram, mas estima-se que o número de óbitos tenha sido muito maior.

O temporal registrado no Litoral Norte, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), resultou no acumulado de 682 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba e 234 mm em Caraguatatuba.

Outras tragédias no Estado

Em 2020, em Guarujá, 34 pessoas morreram vítimas de deslizamentos depois de 121 mm de acumulado de chuva. O município de Itaóca, no Vale do Ribeira, sofreu com inundações em 2014. Os 24 milímetros de chuva deixaram um rastro de destruição, com 25 óbitos, dois desaparecidos, 21 desabrigados e 332 pessoas desalojadas.

Cubatão, na Baixada Santista, registrou grandes inundações em 2013. Uma pessoa morreu e 1.200 ficaram desalojadas com 177 mm de precipitações em 24 horas. São Luiz do Paraitinga também sofreu com as inundações em 2010. Houve um óbito, 97 desabrigados e 881 desalojados com 60 mm de chuva.

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