uma guerra em sào paulo

Revolução esquecida bombardeou bairros operários da cidade na década de 20

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Discórdia, tiro e bomba

Bombardeio aéreo em bairros como Ipiranga, Mooca e Brás. Trincheiras na Av. Paulista. Casas marcadas por tiroteiros. Assim era São Paulo em 1924

Artur Bernardes

presidente na  época,  era o alvo do motim

A Revolta de 1924

foi movida por militares rebeldes   

Isidoro Dias Lopes liderou

A maior batalha urbana da América Latina

envolveu jovens militares revolucionários, de São Paulo e do Brasil, contra a política “café com leite”,  autoritária, instável e elitista, de Artur Bernardes e Carlos de Campos.

A rebelião do tenentistas propunha reformas políticas, como o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório.

forças armadas legalistas

vieram de outros estados para conter os tenentistas

300 trincheiras

foram abertas  entre zona Sul e Centro

foto: acervo carlos conejo

Parte dos operários, comerciantes e civis apoiaram os tenentistas em rebelião. E, como em toda guerra, sofreram represálias duras por tomar um partido. 

foto: acervo jamil abib

contra 18 mil tropas federais

7 mil tenentistas

guerra desproporcional

O governo federal bombardeou bairros operários, Mooca, Ipiranga, Belenzinho, Brás e Centro, ao longo de vários dias, deixando um rastro de destruição, mortos e feridos. 

Em resposta...

em  23 dias de revolta

500 a 1.000 mortos

E PELO MENOS 5 MIL FERIDOS EM SUA MAIORIA CIVIS

Entre 5 e 28 de julho de 1924

Os terrenos do bairro Ipiranga se tornaram cemitérios. Os coveiros não davam conta, o que levou familiares a utilizarem o quintal de casa para sepultamentos.

Ipiranga virou cemitério

200 mil

pessoas fugiram  para o interior do estado

20.000 desabrigados

em um rigoroso inverno com temperaturas de 5°C

Entre os 1.500 espaços destruídos pelas bombas estão as Indústrias Matarazzo, a Fábrica Crespi, a Oficina Duprat e a Igreja Nossa Senhora da Glória

Foto: Aniceto de Barros Lobo

Coluna Prestes

A revolta deu origem à Coluna Prestes, marcha comunista de ataque, que propunha reformas na República Velha. No mesmo ano foi criado o DOPS, o maior aparelho de repressão já criado pelo Estado.