Aristocracia negra

Clube  para pretos e pardos fazia sucesso em SP nos anos 1960

Círculo traçado

Anos dourados

A década de 1960 foi marcada por mudanças políticas e sociais no país. Em São Paulo, nascia um  clube nos arredores da represa Guarapiranga: o Aristocrata, reduto da elite negra paulistana.

A base

O terreno de 60 mil metros quadrados foi comprado por 50 associados na região do Grajaú. Hoje, o terreno pertence à Prefeitura de São Paulo.

O clube contava com piscina e quadras, mantendo assim times de futebol, basquete e vôlei. O espaço era para lazer. Tinha um salão de baile na sede, no Centro da cidade.

era o principal evento do clube, que realizava uma noite especial enquanto outros clubes os censuravam

Baile de debutante

Círculo traçado

Cultura negra

O clube realizava shows intimistas na sede central, rua Álvaro de Carvalho, 118, atraindo nomes importantes da música. O cantor Agostinho dos Santos foi um dos fundadores e assim atraiu personalidades pretas.

Jair  Rodrigues

Milton Nascimento

Michael Jackson

O clube atraiu políticos, advogados, e celebridades como vera lúcia machado, ray charles, muhammad ali, simonal e jorge ben jor.

O fino do fino

Além de festas, shows e encontros, o clube sediava desfiles de biquíni.

Ergueu-se um legado

Na época, era 'comum" recusar a entrada ou a realização de bailes e festas para negros nos clubes de alta sociedade.  O Aristocrata trouxe pertencimento e identidade às pessoas pretas com cultura e dinheiro. É lembrado até hoje.

Que fim teve?

O clube teve de enfrentar não apenas o racismo da sociedade branca paulistana, mas a ditadura militar. Já nos anos 90, houve uma decadência por desinteresse das gerações seguintes e inadimplência dos sócios

Para sempre Ari

Apelidado de Ari, o clube ainda existe

A atual sede fica na Avenida Piassanguaba, 3.049 - Planalto Paulista